As articulações são compostas por: 2 ossos revestidos por cartilagens, uma cápsula, ligamentos e líquido sinovial.
O líquido sinovial é produzido pela cápsula articular e é responsável pela lubrificação e nutrição das cartilagens.
Além disso a cápsula tem como função manter a união entre os ossos, dar estabilidade à articulação e limitar alguns movimentos junto com os ligamentos.
A capsulite adesiva é a inflamação e “encolhimento” dessa cápsula no ombro.
Até hoje não sabemos a causa exata, mas o que sabemos é que na maioria dos casos ela se desenvolve após alguma outra inflamação no ombro, seja ela por tendinites, contusões, fraturas, procedimentos cirúrgicos ou em alguns casos relacionada a outras doenças como diabetes e/ou doenças da tireoide.

Pode atingir de 3 a 5% da população, até 20% das pessoas com diabetes e é mais comum em mulheres de 40-59 anos.
A boa notícia é que na maioria dos casos ela é autolimitada, ou seja, se cura sem tratamento de 1 a 3 anos.
A má notícia é que em 40-50% dos casos, pode atingir o outro braço.
Os SINTOMAS são divididos em 3 fase:
Primeira fase: maior inflamação com dor difusa, que vai piorando com o tempo e piora a noite.
Segunda fase: dor menos intensa, mas os movimentos vão ficando limitados. Coisa simples como passar desodorante se torna impossível.
Terceira fase: a dor vai diminuindo e os movimentos aos poucos vão aumentando.
O DIAGNÓSTICO normalmente é feito a partir dos sinais, sintomas clínicos e história do paciente. Mas, algumas vezes, o ortopedista pode pedir uma ressonância magnética para descartar outras patologias.
Apesar de se resolver com o tempo, na grande maioria dos casos, a fisioterapia pode acelerar esse processo e devolver o paciente às suas atividades mais rápido.
Até porque, 3 anos é muito tempo para esperar uma dor e a limitação passar.
A fisioterapia quando iniciada desde o começo, tem como objetivo controlar a dor e manter o movimento, evitando que limite cada vez mais.
Numa fase em que a limitação já está estabelecida, trabalhamos para ganhar movimento.
E em alguns casos, junto ao médico, é feita a infiltração de anti inflamatório e anestésicos para dar mais conforto ao paciente e facilitar o trabalho do fisioterapeuta.
Finalmente na última fase de tratamento, quando o paciente já restaurou boa parte dos movimentos, iniciamos o fortalecimento muscular e estabilidade articular.
Em alguns casos raros, o congelamento do ombro é tão intenso que qualquer outro tratamento não apresenta resultado.
Assim o paciente é encaminhado para cirurgia para liberação da cápsula.
A cirurgia é feita via artroscopia e o paciente sai com os movimentos restaurados, então se inicia o trabalho de força e estabilidade na fisioterapia, até a alta.