A entorse do tornozelo é uma lesão bem comum no nosso dia a dia.
Ocorre normalmente quando a sola do pé perde o contato com o chão, seja pisando sobre alguma superfície irregular ou de mal jeito no salto alto ou na borda lateral do tênis.
Em atletas é muito comum nas mudanças bruscas de direção e também pisando sobre o pé do adversário em alguma situação de jogo.
Nosso pé é formado por uma porção de ossinhos encaixados e conectados por ligamentos e músculos, estes últimos são os responsáveis por manter a estabilidade num primeiro momento, uma vez “falhando ou sem tempo de reação” os ligamentos assumem a função.
Dependendo da força e velocidade do movimento os ligamentos se rompem e pode até quebrar os ossos.
A entorse em inversão (pé pra dentro) é a mais comum de acontecer, isso porque a disposição dos ossos permite maior movimento na articulação.

Os SINTOMAS da entorse no tornozelo são:
– dor
– inchaço, que pode aparecer
– na hora ou algumas horas depois
– hematoma
– insegurança ao pisar
O DIAGNÓSTICO é feito através da história da lesão, observação dos sinais e sintomas, testes especiais e em alguns casos com suspeita de fratura e/ou lesão de mais ligamentos, se pede uma ressonância magnética.
Existem 3 graus de entorse, na lesão:
Grau 1: acontece o estiramento das fibras e pode ocorrer pequenas rupturas do tecido ligamentar.
É comum o tornozelo doer, inchar e também em casos raros – hematomas.
Grau 2: acontece a ruptura parcial das fibras ligamentares.
A dor é mais intensa, ocorre o edema, hematomas e também em alguns casos a perda da estabilidade.
Grau 3: acontece a ruptura completa do tecido ligamentar com muito edema e hematoma.
O paciente tem a sensação de que o tornozelo vai desmontar, grande instabilidade e insegurança ao pisar.
O TRATAMENTO normalmente é conservador e dura em média 6 a 8 semanas.
Numa fase inicial, focamos no controle da dor, edema e movimentação leve.
Na segunda fase do tratamento iniciamos o fortalecimento e controle da musculatura do pé e tornozelo, focando principalmente nos músculos laterais da perna, que tem a função de limitar o movimento que causou a lesão.
E finalmente, numa última fase, intensificamos o ganho de força e iniciamos os gestos esportivos. Colocando a articulação em situações reais de movimentação e estresse para assim o paciente ter segurança para realizar suas atividades.
Um ponto muito importante é que, muitas vezes, se a pessoa não fizer nada após uma lesão dessa, ela vai melhorar da dor e do edema – mas a sensação de insegurança/instabilidade no tornozelo continua e a probabilidade de torcer novamente e de uma forma mais grave – aumenta.
Portanto, faça o tratamento até o fim.