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JOELHO - Lesão Cruzado Anterior – LCA

[JOELHO] Lesão Cruzado Anterior – LCA

Foto de  Ana Grassmann

Ana Grassmann

Fisioterapeuta | Crefito 102814

O joelho é uma das articulações mais lesionadas na prática esportiva. 

As lesões ligamentares costumam ser frequentes nos esportes como futebol, handebol, basquete, entre outros.

Esses são exemplos de
esportes em que ocorrem mudanças de direção rápidas intencionais ou por contato com adversário, mudando a trajetória do atleta.

O ligamento cruzado anterior (LCA), é uma “corda” que liga o osso da coxa (fêmur) na perna (tíbia). Ele limita que a perna vá pra frente em relação a coxa.

Quando fazemos a combinação de movimentos: dobrar o joelho e levá-lo em direção a outra perna, com o pé fixo no chão, colocamos esse ligamento em tensão total.

Quanto mais força e/ou velocidade isso for feito, mais chance de romper.  

Normalmente quando rompemos o LCA, no momento da lesão ouvimos um estalo, seguido de dor e dificuldade de esticar totalmente o joelho, andamos apenas com a pontinha do pé apoiada no chão.

Momentos depois, o joelho incha e vem uma sensação de que o joelho vai “desmontar” quando se coloca o peso do corpo sobre a perna machucada. Isso chamamos de instabilidade.

Depois de algumas semanas da lesão, o inchaço e a dor tendem a diminuir ou até sumir, já é possível na maioria das vezes apoiar o pé completamente no chão ao caminhar e a instabilidade pode se manter ou até piorar.

Além disso, observamos uma diminuição de massa muscular (a coxa fica mais fina) e força, principalmente do músculo da frente da coxa (quadríceps).

Isso ocorre pois quando temos uma lesão, nosso corpo, de forma inconsciente, diminui a ação de nossos músculos e com isso eles diminuem de volume. Lógico que essa é uma explicação simples para esse mecanismo que é chamado de inibição artrogênica.

Normalmente o tratamento fisioterapêutico começa assim que a lesão acontece, e em um período de 2 a 3 meses podemos saber se realmente o paciente vai precisar fazer cirurgia ou não.

A decisão é baseada no ganho de força e estabilidade na fisioterapia (o joelho para de dar a sensação de desmontar independente do movimento que seja feito).

Esse seria o procedimento ideal, mas nem sempre é feito dessa forma

Alguns médicos acreditam que toda lesão de LCA é cirúrgica independente do perfil do paciente,  e outros,  seguem essa linha mais conservadora.


Tanto no tratamento conservador quanto depois da cirurgia, a
fisioterapia é indicada o mais rápido possível.

▶ Inicialmente com objetivo de diminuir a dor, controlar o inchaço, ativar a musculatura, treinar marcha (exercícios para parar de mancar) e restaurar o movimento completo do joelho, que tende a não esticar e nem dobrar totalmente.

▶ Numa segunda fase, iniciamos os treinos de equilíbrio, atividades como caminhada, bicicleta estacionária e transport, e intensificamos o trabalho de fortalecimento que se mantém até a alta.

▶ Na terceira fase acrescentamos saltos, trotes na esteira e exercícios de mudança de direção. Também é recomendado ao paciente fortalecer a musculatura na academia, em paralelo ao tratamento, seguindo nossas orientações.

▶ E finalmente na quarta e última fase, os exercícios são focados na simulação dos gestos esportivos.


O tratamento completo pode durar de 8 meses
a um ano e meio dependendo da evolução, frequência na fisioterapia e lesões associadas.

A alta fisioterapêutica só acontece depois que for avaliado em dois testes: o primeiro deles, mede a diferença de força entre a perna lesionada e a perna sem lesão.

Essa diferença, se existir, não pode ser maior que 20% em pessoas sedentárias e 10% em esportistas. O outro teste consiste na execução de movimentos motores.

Esses movimentos são observados e comparados, pelo profissional, se existem desvios na execução. Caso o desvio seja substancial, o paciente precisa continuar o tratamento.

Tanto no tratamento cirúrgico quanto o conservador, o tempo de recuperação total varia de 6 meses a um ano dependendo da evolução, frequência na fisioterapia e lesões associadas.

Mas lembrando que uma vez lidando com caso tenha esse tempo pode aumentar.  paciente volta a andar em até 15 dias sem apoio, normalmente.

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